sábado, 7 de maio de 2011

TEM DESENHOS QUE SÃO COMO A MANDIOCA: PRECISAM SER ARRANCADOS

Às vezes me flagro emimesmado pensando na proximidade entre as pessoas, como isto muda tudo e muda com o tempo, com a distância, claro, a grandeza dá nome ao troço, proximidade vem de .
Estava na praia de Anosfazem, na mesma casa que outros casais, seus cônjuges e fílheres, que eram crianças ainda. Tanto que estavam desenhando na mesa da cozinha, eu tava na ponta lendo o jornal, puxei um papel e desenhei o guri que estava na minha frente, aproveitei os lápis de cor e ficou um desenho preetttyyyyy-pretttyyyy-prettyyy good, como diria o Larry David. Passei pro moleque, que ficou super feliz, mostrou pra todo mundo, ficou parecido mesmo. Pois vai daí que um primo dele, da mesma idade, filho único, desembestou que queria um desenho dele, assim como o primo tinha, começou a fazer pressão nos pais, eles conversavam alto, perto, de modo que eu ouvisse, me prontificasse a agradar o guri e seus pais pudessem voltar à sua paz. Pois não me conhecem, aí sim é que não faço. Faço, sim, mas pinoteando. Só fiz depois de dois dias, quando a situação já era insustentável, a Naira veio falar comigo, o guri já tinha dado uns três chiliques, quebrado coisas, e eu neste durante, preocupadíssimo em deixar as latinhas de cerveja bem perto do gelo dentro do isopor. A proximidade é uma coisa muito importante, às vezes.


Enquanto isso, essa ilustra de 1980 e poucos é do Bill Sienkievicz, para divulgar um desenho animado que aproxima muita gente, tente.

Desenhar aumenta a tua capacidade de síntese. Experimenta. Só tem um problema, quanto melhor tu desenhar, menos tu vai falar.

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