quarta-feira, 28 de abril de 2010

DO BLOMES DO GOG

Do Blog do Gomes, meu bruxildo internetesco:



VINHO BUENO

SÃO PAULO (convites, please) – Olha que legal a notícia enviada pelo Dú Cardim. O Galvão Bueno terá um vinho e um espumante com seu nome, feito pela turma da Miolo, em Bento Gonçalves. Lançamento em agosto. E deve ser coisa boa. Primeiro, porque dizem os entendidos em suco de uva que a Miolo faz vinhos de qualidade internacional. Depois, porque o Galvão conhece vinho.
Tenho umas histórias divertidas com ele em longos jantares por esses anos de F-1. Uma vez, na Austrália, estávamos num restaurante chique, caro, mas dentro de nossas possibilidades de verba miserável. Só que o Galvão resolveu escolher o vinho. E o cara nunca teve o hábito de ver os preços antes de pedir.
Fodeu, pensei. Do jeito que a gente bebe, serão umas seis ou sete garrafas. A 150 dólares a garrafa, fodeu.
Mas Galvão pediu, ele sempre escolheu direito, justiça seja feita, vinho australiano é bom, e quando veio a quinta garrafa, concluímos, nós, os da ala miserável, que estávamos fodidos na hora de dividir a conta. A verba da viagem toda iria naquele jantar. Então, tive uma ideia, quando ele se levantou para fumar, ou para ir ao banheiro. Expus à mesa. Ninguém achou que daria certo, mas era uma tentativa. Afinal, estávamos fodidos, de qualquer jeito.
Galvão voltou. Já tínhamos engatado um papo rumoroso sobre colegas de profissão, e eu mandei: quem tá bem é o Bolacha, rico pra cacete.
O Bolacha é o Luciano do Valle.
Tá morando em Porto de Galinhas, puta mansão, e você naquele sítio ridículo em Londrina, eu disse. Aí o Galvão subiu nas tamancas. O Bolacha? Que é isso? Minha fazenda tem até pista de pouso, não sei quantos bois, não sei quantos pés de jaboticaba e etc e tal. E eu botando pilha, porque o Bolacha tem até ofurô na cozinha e ar-condicionado na garagem, e ele rebatendo, minha fazenda tem energia eólica e estufa com orquídeas, e todo mundo na mesa apreensivo, até que veio o momento glorioso. Tanto eu falei que o Bolacha estava rico, e que com ele ninguém metia a mão no bolso em lugar algum, que o Galvão bateu na mesa e decidiu. Vocês querem saber? Eu pago a merda dessa conta! Queria ver se o Bolacha iria pagar essa merda!
E foi assim que minha verba sobrou naquele ano em Melbourne.

Nenhum comentário:

Postar um comentário